
Por g1
A Guerra na Ucrânia entrou neste sábado (26) em seu terceiro dia. Explosões foram ouvidas em Kiev horas após o presidente Volodymyr Zelensky alertar sobre a possível tomada da capital. Há relatos de um ataque a uma estação de eletricidade na tentativa de deixar Kiev no escuro e de confrontos nos arredores da cidade.
O ataque é o maior de um país contra outro desde a Segunda Guerra Mundial, há 80 anos.
Na quinta (24), tropas russas atacaram a Ucrânia por três frentes (terra, ar e mar), rapidamente tomando Chernobyl, no norte do país. Na madrugada de sábado (26), no horário local, a ofensiva de Moscou alcançou Kiev. A capital ucraniana foi atingida por explosões que causaram danos em áreas residenciais da cidade.
Na sexta (25), o governo da Rússia afirmou estar pronto para enviar uma delegação a Minsk, capital belarussa, para conversas com a Ucrânia, acrescentando que a desmilitarização da Ucrânia seria uma parte essencial da negociação. Pouco antes, o governo da Ucrânia afirmou que está pronto para conversas com a Rússia, inclusive sobre o status neutro em relação à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança que tem papel importante na disputa entre os dois países (leia mais sobre isso abaixo).
Em resposta ao ataque russo à Ucrânia, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido anunciaram sanções contra o presidente Vladimir Putin. A Rússia, por sua vez, usou seu poder de veto para barrar a resolução do Conselho de Segurança da ONU que serviria para condenar a invasão da Ucrânia.
“Se as conversações forem possíveis, elas devem ser realizadas. Se em Moscou eles dizem que querem manter conversações, inclusive sobre o status neutro, não temos medo disso”, disse Mykhailo Podolyak, conselheiro presidencial ucraniano à agência de notícias Reuters.
“Nossa disponibilidade para o diálogo é parte de nossa persistente busca da paz”, acrescentou Podolyak.
Apesar das declarações do porta-voz Peskov, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que os militares ucranianos deveriam tomar o poder, sugerindo a derrubada do presidente Volodymyr Zelensky. Em discurso na TV, Putin disse que será mais fácil para eles se os militares tomarem o poder. No mesmo vídeo, ele chama Zelensky e os membros de seu governo de “gangue de viciados em drogas e neonazistas”.
Entenda por que a Rússia invadiu a Ucrânia
A Ucrânia atualmente não faz parte da Otan nem da União Europeia, embora queira aderir a ambas, o que desagrada a Moscou.
A Rússia e a Ucrânia vivem uma antiga história de conflitos. Ao longo dos séculos, a Ucrânia, uma ex-república soviética, fez parte de impérios, sofreu inúmeras invasões, foi incorporada pelos russos e pelos soviéticos, se tornou independente, mas nunca resolveu por completo sua relação com a Rússia.
O segundo dia da guerra na Ucrânia começou com registros de explosões na capital, Kiev, ainda na madrugada sexta-feira (25), por volta das 4h40 (horário local).
Segundo a agência Reuters, uma das explosões estava relacionada a um avião russo que teria sido abatido pelo sistema de defesa antiaérea da capital ucraniana (veja vídeo abaixo).
Avião russo é abatido em Kiev
O Ministério da Defesa da Ucrânia pediu à população do distrito de Obolon, próximo à capital Kiev, que preparem coquetéis molotov, uma espécie de bomba caseira feita com algum tipo de combustível, para ajudarem no enfrentamento às tropas russas.
O conflito que começou na madrugada de quinta-feira (24) é o maior ataque entre países europeus desde a 2ª Guerra. Putin justificou a invasão como uma medida para proteger separatistas no leste. A ONU pediu que ele recue e Joe Biden disse que guerra será catastrófica.
A última atualização é de que ao menos 137 pessoas morreram e outras 316 ficaram feridas na Ucrânia após os ataques russos, segundo o ministro da Saúde da Ucrânia, Oleh Lyashko.
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